Com muitos desfalques e muita versatilidade, o São Paulo derrotou o São Caetano, nesse sábado de carnaval. Para romper a defesa do Azulão, Carpegiani teve que ousar em mudanças táticas e substituições, variando muitas vezes o sistema tático do Tricolor.
O São Paulo começou o jogo com seus habituais 3 zagueiros. Xandão pela direita, Luiz Eduardo pela esquerda, e Rhodolfo na sobra. Sem Fernandinho, e com Willian mais centralizado no ataque, o São Paulo tinha como estruturas móveis ofensivas, Dagoberto e Lucas. Com isso, Lucas tinha a liberdade para cair tanto pelo lado direito (habitual), quanto pelo lado esquerdo (setor de Fernandinho), enquanto Dagoberto, se aproximava mais de Willian, não mais fazendo a função de falso camisa 9, utilizada no clássico contra o Palmeiras (ver post anterior).
Esse sistema durou pouco tempo. Percebendo que o São Caetano mantinha um posicionamento baixo, além de não se utilizar de uma transição rápida, Carpegiani mudou o posicionamento do Tricolor.
Luiz Eduardo foi jogar na lateral direita, e Jean foi adiantado para o meio campo, assim, o versátil camisa 2 São Paulino poderia roubar bolas em setores à frente, onde o São Caetano costumava tocar a bola, sem muita qualidade.
Com poucos minutos de segundo tempo, o técnico São Paulino, vendo que o São Caetano pouco se importava em chegar a área de Rogério Ceni, promoveu a primeira substituição em sua equipe. Marlos substituiu Casemiro, que se uniu a Lucas e Dagoberto, que tinham a tarefa de se movimentar, abrindo a defesa adversária.
O jogo ainda era ruim, Lucas sofria muitas faltas e o time não conseguia dar sequência em uma jogada quando tinha a posse de bola. Carpegiani, então, decidiu colocar mais um jogador de movimentação em campo. Ilsinho entrou no lugar de Juan. Luiz Eduardo foi jogar pela esquerda. Jean voltou para a lateral, porém aparecia sempre pelo meio. E Ilsinho foi, também, tentar abrir a defesa com suas movimentações, frequentemente em diagonais para o meio.
O São Paulo, então, passou a dominar o jogo e encurralar o São Caetano. Marlos e Ilsinho jogavam abertos. Dagoberto abria no lado onde estava a bola, sempre atrás da defesa, e Jean e Lucas se apresentavam e dinamizavam o jogo no meio campo.
Os gols vieram de bolas paradas, mas elas só aconteceram devido a movimentação apresentada pelo Tricolor no segundo tempo. O São Paulo passou a ficar com a bola e a se movimentar, criando chances em bolas paradas ou em bolas rolando. Carpegiani soube aproveitar as peças de seu elenco, que vem mostrando uma ótima evolução tática.
Hoje, o time se mostrou flexível, soube se adaptar às condições do jogo. Essa flexibilidade será ainda mais importante, em ocasiões de mata-mata, na segunda fase do Paulista e na Copa do Brasil.
Guilherme Carinhato
Equipe TAKTIKUS
Ótima análise!
ResponderExcluirÉ bom ver Carpegiani sabendo utilizar as peças do elenco tricolor!
Se o Paulistão é um campeonato-teste para o resto do ano, o São Paulo deve estar muito contente, pq aos poucos vai acertando muito bem o seu time!!!